Você tem a impressão que todos os dias parecem iguais?
Que entra dia, sai dia, você não observa nenhuma diferença em si mesmo? O espelho parece mais um quadro que reflete sempre a mesma pessoa.
É… não é apenas por causa da pandemia do novo Coronavírus (estou mergulhada em suas consequências desde o dia 18 e março) que me sinto assim. Na verdade, minha vida parece estagnada há meses, quiçá há anos.
Essa fase caótica que se instalou no mundo todo e minha reclusão na casa de minha mãe, me permitiu analisar com um pouco mais calma e serenidade o que estava acontecendo com minha vida.
Início de 2019, saí do meu trabalho (após 10 anos na mesma empresa de software ERP, lidando com problemas dos clientes, o tempo todo) porque já estava exausta. Passei pela crise de Bournout, mesmo não sabendo o que era. Eu não entendia porque chorava aos domingos a noite, não entendia porque postergava o máximo que podia para sair de casa e ir para a empresa quando acordava, na hora do almoço, e porque eu olhava o relógio após as 17h, contado cada segundinho para ir pra casa… (um dia, em outro artigo, explico mais detalhado essa história)
Achei que o cansaço, trazido pela rotina de inúmeros problemas, era que me atrapalhava a realizar todos os meus projetos paralelos à vida profissional. Eu queria ter uma vida mais saudável, mais tempo para ler um bom livro, colocar um site pessoal no ar, aprender coisas novas, mas caramba, nada disso era possível porque eu chegava do trabalho e só queria deitar no meu sofá, beber uma cerveja pra relaxar do dia estressante, comer e dormir.
Depois de 1 ano que saí da empresa, TUDO continuava EXATAMENTE IGUAL. Nada saía do papel. Mas por quê?
Se era tempo que me faltava antes, agora sobrava horas no meu dia, fosse segunda ou sábado, eu tinha o dia todo livre pra fazer o que sempre quis antes e a rotina me sufocava. E por quê?
Passados 4 meses após o isolamento, caí na real que eu nunca me comprometia com o que quer que fosse, que eu propunha. Como pode? Essa é uma pergunta que eu ainda não sei responder, mas tenho esperanças de um dia obter essa resposta.
E ontem, no primeiro dia após metade do ano mais louco de nossas vidas, pensei:
“E se em 365 dias eu fizesse tudo aquilo que pensei em fazer quando tivesse tempo? Qual seria o resultado após esse 1 ano? Como eu estaria? O que aconteceria? O que mudaria na minha vida?”
Então, ontem, foi o primeiro dia, o primeiro passo de uma caminhada que me trará o inesperado.
Aqui será meu diário, onde vou relatar o que farei, como farei, para que após esses 365 dias eu seja capaz de avaliar o que deu certo, o que deu errado e se realmente vale a pena se esforçar pra executar aquilo que sempre pensou em fazer mas que faltava “tempo” (a desculpa mais usada na face da terra! rs)
Vamo que vamo!
Simbora meu povo!
Let’s go!
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